Uma viagem itinerante em família tinha que ser muito bem
pensada por vários motivos. O calendário teria de estar de acordo com a
disponibilidade de várias vidas. Teria de providenciar dormida e alimentação num
país com um custo de vida relativamente elevado. Além disso queria ver os
fenómenos de perto e queria ver todos :)
Isto implicaria uma logística especial em termos de transporte e riscos.
Depois de ponderar os prós e contras, decidimos alugar um
transporte onde pudéssemos dormir se necessário e que nos permitisse dar a
volta à ilha, levando-nos às atracções principais sem correr riscos.
Inicialmente pensamos em levar o nosso 4x4 desde Portugal
uma vez que é possível fazê-lo mas como estávamos um pouco limitados de tempo
acabamos por abandonar essa ideia. Fomos de avião e estipulámos um périplo de 9
dias pela Ring-Road (a estrada Nº1 da Islândia que dá a volta à ilha) numa
campervan para 4. Fiz um pequeno estudo sobre o périplo a fazer, calculei as
rotas para saber o número aproximado de quilómetros a percorrer e o tempo das
visitas às atracções para que tudo batesse certo e não houvesse atrasos.
Decidimos que comeríamos pelo caminho, na camper ou em
piquenique de forma a ver o máximo possível. Eventualmente, em alguma ocasião,
teríamos tempo para sentar-nos num café ou restaurante e comer algo mais interessante
e quentinho, sobretudo ao jantar, quando estivéssemos mais cansados.
Estudámos o tempo (www.en.vedur.is)
e achamos melhor adoptar a técnica das camadas. Fizemos a mala com roupa
variada, tanto para o frio como para o calor, mas mais para o frioooo. Nunca
esquecer o corta-vento/impermeável que dá muito jeito para várias situações.
Por exemplo na visita às cascatas que, mesmo não estando a chover,
polvilham-nos com água fresca. Não esquecemos os fatos-de-banho a pensar nas
banhocas nas lagoas, riachos e piscinas de água quente natural (hot tubes e hot
springs) que por lá abundam.
E claro, levámos todos os gadgets e câmaras fotográficas
possíveis. Inicialmente pensei levar um laptop para ir fazendo uma
selecção das fotos e vídeos já que suspeitava que haveria de filmar e
fotografar demasiado mas não levei. E ainda bem, pois raros foram os momentos
de descanso e tranquilidade que tal tarefa exige. O melhor é levar uns quantos cartões
de memórias com muitos gigas e fotografar e filmar como se não houvesse amanhã.
Se quiserem ir dando umas notícias pelas redes sociais então o melhor mesmo é
um telemóvel com câmara, de preferência com leitor de cartões sd, onde poderão
ver e selecionar as fotos dos outros dispositivos. No meu caso levei uma câmara
Sony, uma GoPro e meu telemóvel. Bastou para tirar mais de 1000 fotos e algumas
centenas de vídeos.
Quanto à net… pensámos em comprar cartões de internet
pré-pagos que sabia de antemão vender-se nas estações de serviço mas acabámos
por aproveitar o wi-fi disponível nos parques de campismo, centros de
informações, estações de serviços, guesthouses, etc… foi o suficiente. Também
aproveitámos estes momentos para carregar os gadgets.
E por hoje é tudo. Nos próximos posts falarei de cada
questão em particular. Viagem de avião, hotéis e hospedagem, estradas, clima,
alimentação, etc. E vocês desse lado podem colocar as questões que acharem
relevantes. Há sempre um outro pormenor que me escapa e que pode ser importante
para o planeamento da vossa viagem.
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