terça-feira, 6 de setembro de 2016

Planeando a expedição



Uma viagem itinerante em família tinha que ser muito bem pensada por vários motivos. O calendário teria de estar de acordo com a disponibilidade de várias vidas. Teria de providenciar dormida e alimentação num país com um custo de vida relativamente elevado. Além disso queria ver os fenómenos de perto e queria ver todos :) Isto implicaria uma logística especial em termos de transporte e riscos.

Depois de ponderar os prós e contras, decidimos alugar um transporte onde pudéssemos dormir se necessário e que nos permitisse dar a volta à ilha, levando-nos às atracções principais sem correr riscos.

Inicialmente pensamos em levar o nosso 4x4 desde Portugal uma vez que é possível fazê-lo mas como estávamos um pouco limitados de tempo acabamos por abandonar essa ideia. Fomos de avião e estipulámos um périplo de 9 dias pela Ring-Road (a estrada Nº1 da Islândia que dá a volta à ilha) numa campervan para 4. Fiz um pequeno estudo sobre o périplo a fazer, calculei as rotas para saber o número aproximado de quilómetros a percorrer e o tempo das visitas às atracções para que tudo batesse certo e não houvesse atrasos.

Decidimos que comeríamos pelo caminho, na camper ou em piquenique de forma a ver o máximo possível. Eventualmente, em alguma ocasião, teríamos tempo para sentar-nos num café ou restaurante e comer algo mais interessante e quentinho, sobretudo ao jantar, quando estivéssemos mais cansados.

Estudámos o tempo (www.en.vedur.is) e achamos melhor adoptar a técnica das camadas. Fizemos a mala com roupa variada, tanto para o frio como para o calor, mas mais para o frioooo. Nunca esquecer o corta-vento/impermeável que dá muito jeito para várias situações. Por exemplo na visita às cascatas que, mesmo não estando a chover, polvilham-nos com água fresca. Não esquecemos os fatos-de-banho a pensar nas banhocas nas lagoas, riachos e piscinas de água quente natural (hot tubes e hot springs) que por lá abundam.

E claro, levámos todos os gadgets e câmaras fotográficas possíveis. Inicialmente pensei levar um laptop para ir fazendo uma selecção das fotos e vídeos já que suspeitava que haveria de filmar e fotografar demasiado mas não levei. E ainda bem, pois raros foram os momentos de descanso e tranquilidade que tal tarefa exige. O melhor é levar uns quantos cartões de memórias com muitos gigas e fotografar e filmar como se não houvesse amanhã. Se quiserem ir dando umas notícias pelas redes sociais então o melhor mesmo é um telemóvel com câmara, de preferência com leitor de cartões sd, onde poderão ver e selecionar as fotos dos outros dispositivos. No meu caso levei uma câmara Sony, uma GoPro e meu telemóvel. Bastou para tirar mais de 1000 fotos e algumas centenas de vídeos.

Quanto à net… pensámos em comprar cartões de internet pré-pagos que sabia de antemão vender-se nas estações de serviço mas acabámos por aproveitar o wi-fi disponível nos parques de campismo, centros de informações, estações de serviços, guesthouses, etc… foi o suficiente. Também aproveitámos estes momentos para carregar os gadgets.


E por hoje é tudo. Nos próximos posts falarei de cada questão em particular. Viagem de avião, hotéis e hospedagem, estradas, clima, alimentação, etc. E vocês desse lado podem colocar as questões que acharem relevantes. Há sempre um outro pormenor que me escapa e que pode ser importante para o planeamento da vossa viagem.

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